
Tive inúmeras chances de devolvê-la para Kika, mas a verdade é que eu nunca quis. Ela chegou de mansinho e foi ficando. Não quero que ela vá morar no sítio, nem que ela seja de outra pessoa. Ela é minha, a minha gatinha escama, meiga, doce e ao mesmo tempo levada e nervosinha.
Não posso continuar dizendo que ela é temporária, pois não é. Acho que nunca foi. Na verdade, acho que adotei a Camille desde que ela chegou aqui. Ou no dia que a velvei na veterinária e a Kátia me perguntou"vamos dar um dia de aniversário para ela em janeiro?" e eu escolhi o dia 3, junto comigo. Ou quando eu escolhi o nome dela, ou quando fiquei apavorada com medo dela morrer de piometra, ou quando ela deita com a cabecinha na minha mão antes de dormir e eu falo " boa noite, filha" e dormimos juntas.
Camille, querida, adoro você!