quarta-feira, 4 de maio de 2011
Depois de muitos dias...
Viajei no dia 20 de abril e só voltei dia 29, mas emendei num trabalho e fiquei sem tempo de passar aqui.
Bom, nesse tempo fora deu para ver que eu faço falta em casa, muita falta! Falo isso pelo jeito que encontrei todos, apesar de todo o esquema que eu montei. Além da Nádia que veio todos os dias cuidar deles, ainda teve visita do meu irmão, da Kika e da Samantha, mas as caras e o comportamento deles, não deixou dúvida: eles sentiram muito!
Sebastina, apesar de ter chegado por último, me escalou ainda na porta, com bolsa e mala na mão, depois ficou como um bicho preguiça agarrado comigo.
Brigitte até hoje precisa ficar gurdada em mim. Ficar só ao meu lado nãoé suficiente, ela geme se eu não estou encostada nela.
Frank passou os dias morando no baneiro. Ele se muda para lá quando está triste, foi a mesma coisa na viagem de fevereiro do ano passado.
Camille resolveu morar no quarto dos fundos, depois foi para cima da geladeira e da máquina de lavar. Não quis conversa com niguém, o que deixou a Kika e a Samantha preocupadas, já que ela é a miss simpatia da casa, a primeira a receber as visitas. Quando eu coloquei a chave na porta e disse a senha de todas as vezes que entro em casa "Oi, mãe chegou! Cade meus amores?" Ela veio correndo ficar perto.
Na primeira noite o Mel dormiu deitado na minha barriga, fato inédito desde que ele chegou aqui!
Vincent tem dormido comigo, todo encostado na minha perna, todas as noites desde a minha volta, coisa inédita também!
Os outros, Fred, Henri e Wylla ficaram felizes com a minha votla, estão sempre por perto e fazendo tudo para chamar a minha atenção.
No sábado dormimos todos juntos, eu e os nove ao mesmo tempo! Preciso comprar uma cama King Size urgente!!!
Confesso que eu também estava precisando disso e passamos o dia na cama, dormindo, acordando, brincando, chamegando, cochilando de novo... eu estava muito cansada e precisava fazer um pouco de repouso para melhorar o pé torcido na viagem!
Voltei e tenho um monte de coisas para arrumar, não tive tempo de fotografar os amadinho, mas assim que fizer fotos novas, ilustro o post!!!!
terça-feira, 19 de abril de 2011
A hora certa de parar
O post de ontem falava da minha porteira fechada para temporários e novos moradores aqui em casa. E esse é um assunto delicado mesmo, qual é a hora certa de parar?
Talvez eu devesse ter parado a mais tempo, mas os “problemáticos” caíram na minha mão e acabaram encalhando. Eu sabia que isso poderia acontecer quando os acolhi e não me preocupei. Sabia do risco e estava pagando para ver.
Foi assim quando acolhi a Camille e o Mel. Ele com gengivite, problemas de adaptação e relacionamento com humanos. Ele é ótimo, mas muito medroso. Morou muito tempo na rua, chegou muito assustado e corria o risco de ser devolvido ou pior, abandonado novamente. Sempre tive muita preocupação com ele por causa disso. Mas ele até que teve sorte, tem duas madrinhas apaixonadas por ele, que são presentes na vidinha dele. E ele já entendeu que quando elas vêm aqui é para visitá-lo e ele esperto, adora se exibir jogando bolinhas e brincando com ratinhos, todo lindo!
Ela escama, pelagem que as pessoas não gostam. Perguntam se é doença, sarna, se "é assim meesmo". A Camille ficou anunciada por um ano, mas ninguém nunca perguntou nada dela. Ela não teve nenhuma pessoa interessada. E como eu já esperava, só tornei oficial o que já acontecia de fato, adotei a Camille.
Depois eu resolvi trazer a Brigitte para fazer o tratamento aqui em casa. Nós duas temos uma história de amor desde o primeiro momento que nos vimos e eu sabia que seria difícil devolvê-la ou doá-la. Mas a possibilidade existia. Só que com o tempo eu vi que era impossível abrir mão da Brigitte. Ela realmente é louca por mim. As pessoas percebem isso quando vêm aqui. Ela me segue pela casa, tem muito ciúme de mim, está sempre me olhando e se eu não vou na hora que ela me chama faz uma cara de triste de cortar o coração!
A Wylla conseguiu uma adotante logo que chegou aqui, o que realmente me deu uma certa tranqüilidade. Sei que ela vai embora e no início nem queria gostar dela. Eu pensava vou cuidar dela como se fosse minha, mas não quero gostar. Sei lá, acho que era medo. Hoje eu sei que gosto dela como dos outros. Se ela encalhasse aqui em casa seria minha, nunca iria abandoná-la. Mas ela vai ter uma casa, com uma família ótima e vai ter uma vida feliz! E eu sei que fiz a minha parte, cuidei quando ela precisou e fui a ponte para ela encontrar uma mãe maravilhosa!
E o Sebastian, último morador da casa, é uma adoção conjunta, se é que isso existe. Ele é o xodó da Kika e uma gatinho carente, que pede colo, adora dançar e fica seguindo a gente pela casa, por isso ele era chamado de Shadow. Lá no sítio a Kika só podia dar atenção a ele nos finais de semana e ela achava isso pouco, que ele merecia mais atenção. Na minha última visita ao sítio reparei que ele estava com o olhinho lacrimejando muito e com uma baba na boquinha. Então falei com ela ia trazê-lo para levar na vet. Ele foi examinado, testado e tratado. Ele tem gengivite e o olhinho que lacrimeja ainda é seqüela da esporotricose que deixou uma cicatriz no olho esquerdo. Ainda vamos ter que procurar um especialista para uma avaliação mais precisa do problema, mas acho que vai dar certo. Por causa da gengivite precisou fazer um tratamento de dois meses e depois do resultado do teste de Fiv/Felv negativo, eu e a Kika resolvemos que o melhor para ele seria ficar aqui em casa comigo e com ela, já que ela pode vir aqui vê-lo sempre que quiser. Assim ele tem duas mães.
Sempre que eu peguei um temporário, dizia para ele “não se preocupa, se ninguém te quiser, eu quero” e isso me deu tranqüilidade. Só que agora não posso mais fazer isso. Não tenho como falar isso para o próximo temporário. E não vou conseguir olhar nos olhos de um gato que já foi abandonado uma vez e não ter certeza do que vai acontecer com ele. Por isso, resolvi que não pego mais nenhum, por tempo indeterminado.
Sei que tem gente que vai atirar pedra, mas cada um sabe da sua vida e eu sei da minha.
Tem muito animal precisando de ajuda e eu já tirei 9 da rua ou de abrigo, abrindo espaço para outros. Sem contar os que passaram por aqui e foram adotados. Acho que a minha parte está bem feita. Se cada um fizesse um pouco, a situação do abandono não seria tão triste!
Continuo ajudando a Kika com outras coisas da ONG, o que não falta é trabalho! Mas lar temporário, porteira fechada!
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Quatro anos depois, novidades e porteira fechada!
Adotei o Frank Sinatra e o Fred Astaire e eu me tornei uma pessoa melhor e muito mais feliz por causa deles. Eles haviam sido resgatados na véspera e estavam assutados, coitados. E eu não sabia nada de gatos, nem tinha me preparado para recebê-los. Tive que improvisar uma cama e uma caixa de areia, mas desde o primeiro instante eles foram muito amados!

Depois de 10 meses de tratamento aqui em casa a Brigitte teve alta e com isso o meu compromisso com ela acabaria, já que eu havia combinado com a Kika que ela ficaria aqui até ficar curada. Mas decidi tornar oficial o que o meu coração sempre soube: eu sou da Brigitte e ela é minha. Foi amor à primeira vista, recíproco. Não tenho como devolver a gata para o sítio, nem colocar para adoção. Então agora é oficial, a Brigitte fica e eu espero que ela tenha uma vida longa e feliz aqui.
Ela ainda anda chateada com ciúmes, mas aos poucos vai passar. Ela já voltou a dormir comigo e a me pedir carinho. Tudo vai voltar a ser como antes.





quarta-feira, 13 de abril de 2011
Vai passar....

Desde que o Shadow chegou aqui em casa que a Brigitte está muito aborrecida comigo. Está sempre com um bico enorme para mim. Eu sei que vai passar, mas ela está zangada. Ela e o Frank se parecem muito de temperamento. Ele é o dono da casa e ela a dona. Eu sou dela, mas ela abre uma exceção para ele e só.
Agora estamos passando uma fase mais difícil, mas eu sei que logo passa. Quando a Wylla veio par acá foi a mesma coisa, ela odiava a Wylla e hoje as duas vivem juntas. Com ele também vai ser assim, mas até lá...
terça-feira, 12 de abril de 2011
Três anos


E assim a família cresceu. Ganhei um caculinha. Um miudinho levado pacas! Brincalhão e carinhoso. Ele chegou sabendo que aqui era o seu lugar no mundo.



quarta-feira, 6 de abril de 2011
Felicidade

Nem acredito de tanta felicidade!
Obrigada São Francisco, mais uma que eu estou te devendo!
Entrando na rotina...

Ele está esperto de novo, brincando como se nada tivesse acontecido. Hoje até se escondeu no armário do banheiro e ainda fez cara de "você não está me vendo, eu não estou aqui" quando dei de cara com ele.



